Geral Opinião

Biden é a chave de resolução da crise na Palestina

Foto: Atlantic Council

De acordo com alguns membros do governo de Israel, os palestinianos da faixa de Gaza devem emigrar para outros países que os acolham, uma vez que esse território, deve passar para Israel, algo que o Primeiro-ministro em parte corroborou, ao afirmar que depois desta guerra não fazia qualquer sentido voltar a entregar o território de Gaza ao controlo dos palestinianos.

Esta posição do Primeiro-ministro de Israel vai contra o que Biden e toda a comunidade internacional tem afirmado, de que o território deverá ser entregue à autoridade palestiniana, que controla a Cisjordânia, e que tem simultaneamente afirmado a necessidade de se constituírem dois estados, após a resolução desta crise.

Biden até à data tem feito tudo bem, de uma forma geral nesta crise, ao impedir que esta se generalize a todo o Médio Oriente, tendo inclusive tido um grande sucesso diplomático ao ser, juntamente com o Qatar e o Egipto, um dos estados que mediou a trégua humanitária, que se iniciou na Faixa de Gaza.

Espero que consiga, também, negociar e implementar com os mesmos aliados, a difícil implementação de dois estados independentes no território de Israel, uma vez que é preciso estabelecer fronteiras entre ambos, algo que terá uma oposição feroz de Israel, dado que parte das fronteiras estabelecidas em Oslo foram já ocupadas por colonatos Israelitas, e que qualquer outra expansão para países árabes vizinhos, me parece também impossível, pois ninguém quer ceder um centímetro que seja do seu território.

Os EUA têm que com Blinken continuar a pressionar Israel, para se sentar à mesa das negociações, e simultaneamente continuar a garantir que o conflito não deflagre, por todo o Médio Oriente.

Confio em Biden, pois se tivesse votado nos EUA tinha sido nele que votaria e que continuaria a votar nas próximas presidenciais, que se avizinham.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma