A Campanha de Segurança Rodoviária “Viajar sem pressa”, da responsabilidade da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), da Guarda Nacional Republicana (GNR) e da Polícia de Segurança Pública (PSP), decorreu entre os dias 3 e 9 de outubro e teve como objetivo alertar os condutores para os riscos da condução em excesso de velocidade, dado que esta é uma das principais causas dos acidentes nas estradas.
Esta campanha contou, uma vez mais, com a participação dos serviços da administração regional da Região Autónoma dos Açores na realização de ações de sensibilização, completando o trabalho de fiscalização que tem sido realizado pelos comandos Regionais da PSP.
Inserida no Plano Nacional de Fiscalização (PNF) de 2023, a campanha foi divulgada nos meios digitais, nos Painéis de Mensagem Variável e através de quatro ações de sensibilização da ANSR, realizadas em simultâneo com as operações de fiscalização levadas a cabo pela GNR e pela PSP, em Lisboa, Évora, Leiria e Setúbal. Idênticas ações ocorreram na Região Autónoma dos Açores.
A primeira ação de sensibilização e de fiscalização, que teve lugar na Av. Padre Cruz, em Lisboa, no dia 3 de outubro, contou com a presença da Secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar.
Na campanha “Viajar sem pressa”foram sensibilizados 286 condutores e passageiros, a quem foram transmitidas as seguintes mensagens:
- A velocidade é a principal causa de um terço de todos os acidentes mortais;
- Quanto mais rápido conduzimos, menos tempo dispomos para imobilizar o veículo, quando algo de inesperado acontece;
- Numa viagem de 20 km, aumentar a velocidade de 50 para 60 km/hora, permite ganhar apenas 4 minutos. Viaje sem pressa.
Durante as operações das Forças de Segurança no âmbito desta campanha, realizadas entre os dias 3 e 9 de outubro, foram fiscalizados em controlo de velocidade por radar 4,1 milhões de veículos, 94,8% dos quais pelo SINCRO – Sistema Nacional de Controlo de Velocidade, da responsabilidade da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.
Dos veículos fiscalizados, 17,4 mil circulavam com excesso de velocidade, dos quais 3,3 mil foram detetados pelos radares das Forças de Segurança e 14,1 mil pelos da ANSR:
Nº de veículos fiscalizados por radar | Infrações por excesso de velocidade | |
ANSR | 3 870 916 | 14 062 |
GNR | 112 862 | 2 076 |
PSP | 98 254 | 1 226 |
Total | 4 082 032 | 17 364 |
Nesta campanha, registou-se um total de 2386 acidentes, de que resultaram 10 vítimas mortais, 50 feridos graves e 733 feridos leves.
Relativamente ao período homólogo de 2022, verificaram-se menos 9 acidentes, menos 2 vítimas mortais, igual número de feridos graves e menos 39 feridos leves.
As 10 vítimas mortais, 9 das quais do sexo masculino, tinham idades compreendidas entre os 21 e os 76 anos.
Os acidentes com vítimas mortais ocorreram nos distritos de Braga (3), de Vila Real, da Guarda, de Coimbra, de Lisboa, de Santarém, de Beja e de Faro.
Estes acidentes consistiram em 6 despistes (3 motociclos, 2 tratores agrícolas e 1 veículo ligeiro), 2 colisões envolvendo 3 veículos ligeiros e 1 pesado, e ainda 2 atropelamentos (com a intervenção de 2 veículos ligeiros e um terceiro veículo em fuga).
Os acidentes acima descritos ocorreram em 4 arruamentos, 3 estradas nacionais, 1 autoestrada, 1 estrada regional e 1 via de outro tipo.
Esta foi a nona das 11 campanhas de sensibilização e de fiscalização planeadas no âmbito do PNF de 2023. Até ao final do ano serão realizadas mais duas campanhas, uma em novembro e outra em dezembro, com ações de sensibilização e de fiscalização.
As campanhas inseridas nos planos nacionais de fiscalização são realizadas anualmente pela ANSR, GNR e PSP, desde 2020, com temáticas definidas com base nas recomendações europeias estabelecidas para cada um dos anos.
Destas nove campanhas que decorreram este ano, foram realizadas 42 ações, durante as quais mais de 3.600 pessoas foram sensibilizadas presencialmente. Quanto a ações de fiscalização, o número de condutores fiscalizados presencialmente foi superior a 445.000 e cerca de 10 milhões de veículos foram fiscalizados através de radares.
A sinistralidade rodoviária não é uma fatalidade e as suas consequências mais graves podem ser evitadas através da adoção de comportamentos seguros na estrada.
Fonte: ANSR (Press Release)
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