O governo quer garantir a todo o custo o ensino a funcionar, razão pela qual não tem informado os casos de Covid existentes, nem nas escolas do ensino básico, nem nas secundárias, nem no ensino Superior.
Sabe-se que existem muitas turmas que, têm ido para casa para isolamento profilático no ensino secundário e universitário, tendo tido informações de fonte credível que, no ensino Universitário a percentagem de casos confirmados e de turmas em isolamento profilático é muito elevada. De acordo com outra fonte, na Escola Secundária de Mafra terá havido cerca
de uma dezena de ocorrências, tendo as turmas desses alunos feito isolamento profilático.
É assim, o controlo da informação sobre as escolas tem estado a funcionar e este assunto, embora compreensível, tem sido propositadamente ocultado da população em geral, no entanto, com estas duas pontes antes dos feriados de Dezembro e com o encerramento das escolas nesses dias, o governo pretende controlar a situação e diminuir a difusão da doença.
Quando o governo afirma que, as festas dos jovens são o problema gerador dos contágios, estão propositadamente a ocultar que, o cerne do problema são as escolas, e a lançar um injusto anátema para cima da juventude que tem gerado na opinião pública, sentimentos discriminatórios, por parte da população mais idosa.
Se garantir as escolas a funcionar é algo com que concordo, mesmo sabendo que as escolas são o local de contágio por excelência e não as festas dos jovens, discordo do controlo da informação e da culpabilização dos jovens por algo que não têm culpa, ou seja, por irem à Escola.
A demonização das festas dos jovens e a sua responsabilização pela difusão do vírus, não me parece uma forma correta de se tratar a juventude deste país.
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
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