O Partido Popular Europeu é verdade que ganhou as eleições europeias, razão pela qual e pela primeira vez, tem intenção de quebrar o pacto, não escrito, de distribuir os lugares mais importantes da UE entre si e o Partido Socialista Europeu, e no Conselho Europeu que decorreu ontem, parece ter manifestado a intenção de querer ficar com os três cargos, nomeadamente, a Comissão, a Presidência do Conselho, pelo menos durante metade do tempo da legislatura, e também a Presidência do Parlamento.
O PPE para conseguir esses três lugares de topo, parece ter insinuado, através da Van der Layen, com o apoio de Meloni, que o partido, nāo precisaria de fazer nenhuma aliança com os Socialistas, pois tinham intenções de se aliarem no Parlamento com o partido de Meloni, garantindo dessa forma a maioria necessária para a sua governação no Parlamento Europeu.
Esta eventual aliança ou pacto parlamentar, será perigosa para toda a União Europeia, pois configuraria na prática, uma normalização da Extrema-direita Europeia.
Caso esta insinuação, ou ameaça, se concretize António Costa não será eleito, ou se for só será por metade do tempo da legislatura, pois poderá ser esse o resultado salomónico, da difícil negociação, que se está a travar no Parlamento Europeu, dado que a outra metade do tempo seria entregue ao PPE.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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