Com uma voz única, Rui Reininho, rosto e postura inconfundíveis dos GNR, esteve ontem a solo na “Animação de Verão” para um concerto diferente e “desconcertante” no Parque de Santa Marta.
Há alguns anos Reininho afirmou num jornal nacional “Um clássico, seja na música, no automobilismo ou na decoração, que é praticamente a mesma coisa, é ou seja um conceito dum nada que não se discute. (…) Ser um clássico é estar para lá do bem e do mal, dum deus e dos diabos.”
Foi isto que aconteceu ontem na Ericeira, Rui Reininho apresentou-se em palco perante uma plateia cheia acompanhado de apenas dois músicos e fez “o que lhe deu na gana”. Entrou de forma “estranha” com “Tan Tan no Tibet” improvisando sons que deixou perplexos os mais desatentos, que esperavam talvez uma réplica dos clássicos dos GNR, quem sabe o inconfundível tema “Dunas”.
E foi viajando no tempo e no improviso misturando experiências novas com temas históricos como “Ana Lee” ou “Hardcore”, mas sempre com um mote, criar um espetáculo que marcaria pela diferença.
No final, brincou com um público, “ameaçou” que já estava na hora de acabar mas fez mais dois “encores” que serviram para arrancar uma ovação especial do público perante este espetáculo diferente, apenas acessível a este tipo de “génios” que marcam o panorama musical português.
Texto e fotografias de Carlos Sousa/ KPhoto
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