No passada sábado, Alvalade viveu mais do que um jogo: viveu uma consagração. O Sporting Clube de Portugal sagrou-se bicampeão nacional, algo que não acontecia há mais de sete décadas. A festa estava preparada, e os leões não falharam, nem no relvado, nem nas bancadas.
O adversário era o Vitória de Guimarães, mas a noite tinha um só protagonista. Bastava ganhar ou ter um resultado igual ao eterno rival Benfica, mas este Sporting não foi de cálculos.
O jogo começou com nervo, como é próprio das grandes decisões, mas apesar do empate que durou até ao intervalo, na etapa final, os Leões foram ganhando cada vez mais controlo sobre o jogo e Pedro Gonçalves e Gyokeres selaram em definitivo o título.
Mas o apito final não foi o fim. Foi o começo da verdadeira festa. Alvalade transformou-se num vulcão verde e branco. Crianças ao colo, lágrimas nos olhos, abraços entre desconhecidos, era mais do que futebol. Era a confirmação de um projeto, de uma identidade recuperada, de um clube que voltou a ser temido.
As luzes apagaram-se e a coreografia do Bicampeonato começou: bandeiras gigantes, fogo de artifício, o hino cantado a plenos pulmões por um estádio inteiro. Os jogadores deram a voltas com os filhos e outros familiares com alma cheia. Rui Borges, discreto como sempre, sorriu ao erguer a taça, ciente de que o Sporting voltou e que tinha o seu cunho, depois de três trocas de treinador numa só época.
Fotografias e texto de Carlos Sousa/ KPhoto

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