Chegado o frio, multiplicam-se os casos de acidentes relacionados com a utilização de lareiras e braseiras. Evite-os.
Por que razão acontecem acidentes com lareiras?
Tal acontece, porque nas zonas rurais o aquecimento das casas com recurso à combustão de lenha é mais frequente.
Entre os anos de 2005 e 2011, verificaram-se em Portugal pelo menos 111 óbitos provocados por inalação de monóxido de carbono. A maior parte destes aconteceu na região Norte, onde a temperatura ambiente é mais baixa.
Nesta região, 71% destes óbitos foram provocados por acidentes domésticos com lareiras ou braseiras.
Lareiras e monóxido de carbono: qual é o perigo?
O monóxido de carbono é um gás que resulta da combustão e não tem cheiro, sabor ou cor.
Portanto, espalha-se no ar ambiente sem as pessoas se aperceberem.
Sintomas de envenenamento por monóxido de carbono
Quando inalado, causa sintomas que, habitualmente, não se associam a uma situação de envenenamento, como:
- Dor de cabeça;
- Mal-estar;
- Náusea;
- Sonolência.
Ao sentir estes sintomas, a tendência das pessoas é sentar-se num ambiente confortável na expectativa que o mal-estar alivie.
Estando confortável e, como o monóxido de carbono provoca sonolência, acabam por adormecer e deixar de poder reagir ou identificar o perigo que correm, acabando por falecer por envenenamento com este gás.
Queimaduras com lareiras: quem corre mais riscos?
Para além destes acidentes fatais por inalação de gases tóxicos, também é habitual acontecerem queimaduras, muitas vezes graves, em grupos de maior risco, como:
- As crianças;
- Os adultos dependentes, com limitação da mobilidade;
- Os diabéticos, que por terem uma sensibilidade à dor muito reduzida, não se apercebem que estão sofrer queimaduras. Neste grupo, são muito frequentes as queimaduras nas mãos e, particularmente, nos pés.
Como evitar os acidentes com lareiras?
É importante que as famílias tenham cuidados redobrados durante o inverno:
- Não mantenha lareiras ou outras fontes de calor por combustão acesas sem vigilância de adultos responsáveis;
- Eduque as crianças da família para que estas não se aproximem das fontes de calor;
- Não se aproxime demasiado da lareira, principalmente, se sabe que é diabético;
- Alerte outras pessoas da família para o facto de poderem não sentir as queimaduras nas extremidades, devido à diabetes;
- Não mantenha a lareira acesa em salas fechadas;
- Mantenha sempre uma ventilação suficiente, que garanta a renovação do ar ambiente;
- Verifique os sistemas de exaustão de gases – a chaminé e todas as condutas de gases devem estar devidamente desobstruídas;
- Se a utilização da lareira provoca fumo visível na sala, deve ser sujeita a manutenção ou não deve ser utilizada;
- Se está em ambiente aquecido por lareira e começar a sentir sonolência, dor de cabeça ou mal-estar, apague as chamas e abra portas e janelas para renovar o ar;
- Nunca se deixe adormecer numa divisão com a lareira acesa. Mesmo sem haver chamas visíveis, as brasas produzem monóxido de carbono e podem causar acidentes em divisões fechadas;
- Mantenha presentes os contactos de emergência: o número de telefone dos bombeiros locais e o número nacional de emergência 112.
Essencialmente, tenha presentes os riscos que são relativamente fáceis de identificar e conheça os sintomas de envenenamento por monóxido de carbono.
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