Nelson Mandela quando se tornou Presidente da República da África do Sul, serviu-se do Rugby para unir o país e fortalecer a coesão nacional, num país até então dividido pelo apartheid.
Na altura, o Rugby era um jogo muito popular, somente entre a população branca, maioritariamente Boer.
A seleção nacional da modalidade, só tinha um jogador negro, e era a pior seleção que participava no campeonato mundial de Rugby, em termos de classificação geral.
Com grande perseverança e empenho pessoal, por parte de Mandela, a seleção de Rugby começou por dinamizar a modalidade nos bairros negros mais pobres, e motivou a seleção a treinar afincadamente com o objetivo de ganhar o campeonato do mundo da modalidade, que se iria realizar no país, que acabou por vencer, tendo conseguido na altura, que o país se unisse, brancos e negros , nesse objetivo político que a custo conseguiu almejar.
Mandela, quando lhe perguntavam porque razão estava a apostar no Rugby, ele respondia que para ele a modalidade era muito mais que um desporto, era um meio de conseguir atingir o objetivo político de fazer esquecer o apartheid, criar confiança unindo duas populações que até então estavam separadas e que se odiavam.
A candidatura de Portugal e Espanha, a que no dia 5 de outubro se juntou a Ucrânia, para organizar o campeonato do mundo de futebol em 2030, cumpre também o objetivo político de solidariedade e apoio ao país que está a ser alvo duma bárbara invasão por parte da Rússia.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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