O governo atual tem tentado aos poucos, tal como o antecessor, regionalizar
o país sem efetuar nenhum novo referendo, chamando ora descentralização à nova regionalização.
O país já há alguns anos deixou de ter distritos e passou a ter regiões, ainda
meramente administrativas, que promovem e planeiam o desenvolvimento
regional.
As áreas metropolitanas, de Lisboa e Porto e de certa forma o Algarve são
regiões que, dado o elevado número de habitantes distribuídos por vários
concelhos que se deslocam diariamente para o trabalho, para funcionarem
adequadamente necessitam de estruturas políticas que pensem a região
como um todo e decidam integradamente a gestão dos transportes urbanos,
a escolha geográfica de novos hospitais, dos organismos de proteção civil,
nomeadamente dos bombeiros cuja gestão municipal é anacrónica, a
segurança das populações, enfim um sem número de assuntos, que
excedem a competência concelhia, e que na minha modesta opinião
necessitavam duma estrutura política formal para a governar
adequadamente.
Enquanto não se criar essa entidade formal regional, a área metropolitana de Lisboa, em que o Concelho de. Mafra se insere, vai funcionando duma forma ad hoc.
Termino dando os parabéns ao Presidente da Câmara Municipal de Mafra o
Helder Sousa e Silva, por ter sido nomeado o representante da área
metropolitana de Lisboa, no Comité das Regiões na União Europeia, onde
espero que se bata pela região e por Portugal.
Nuno Miguel Pascoal Dias Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
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