Conheço Elisa Ferreira, desde que estive na Presidência Portuguesa da União Europeia, tendo uma das suas filhas, sido colega de escola e de turma, na Escola Europeia, do meu mais velho, de quem ficou amiga.
Quero com esta introdução realçar que Elisa Ferreira está há demasiados anos fora de Portugal, em cargos no Parlamento Europeu e ora na Comissão Europeia, tendo sido em minha opinião, única e exclusivamente, por esse motivo que terá manifestado publicamente uma grande perplexidade sobre a ineficiência e ineficácia com que foram gastos os fundos de coesão europeus, que foram entregues à Portugal, desde a nossa longínqua adesão à então CEE.
Só esta sua ausência do país justifica as suas declarações, porque creio ser uma pessoa competente na área da economia, e não quero crer que seja tão ingénua quanto as suas declarações de perplexidade o foram.
Os expatriados de luxo esquecem facilmente que somos um país desorganizado, indisciplinado, e que como todos os países pobres fazemos ricos em vez de gerar riqueza.
Pouco há a fazer para melhorar, contudo se hoje ganharmos à França tudo ficará bem e até nos esquecemos deste nosso eterno fado.
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
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