Geral Opinião

A necessidade de se planear e executarem obras de proteção a Lisboa, e outras cidades ribeirinhas

Foto: Deensel

Muito se tem falado, escrito, comentado, efetuado seminários e conferências científicas, inclusive seminários globais sobre a sustentabilidade dos oceanos, como o que foi efetuado em Lisboa a semana passada, que referem as previsíveis alterações climáticas, nomeadamente da grande probabilidade do aumento do gradiente da temperatura atmosférica, e do consequente degelo dos Polos, com consequências no aumento do nível-médio das águas do mar.

Se para grande parte dos países haverá consequências dramáticas, para outros de que é exemplo a Rússia, tal facto, é uma oportunidade, pois os navios de guerra amarados na base naval de Vladivostok, já poderão navegar todo o ano, toda a logística de transportes marítimos entre Continentes, será mais rápida e menos onerosa, bem como facilitará a exploração mineira dos recursos naturais existentes no Ártico.

Todos os países ribeirinhos desenvolvidos, não é o caso de Portugal, estão planeando e executando obras estruturais de vulto, no sentido de protegerem as suas grandes cidades, do previsível aumento do nível-médio das águas do mar, construindo sistemas de diques, que impeçam o seu desaparecimento, como é o caso de Veneza, Londres, para não falar dos Países-Baixos, os precursores destes sistemas de diques defensivos.

Portugal recebe fundos de coesão da UE, recebe fundos do PRR, provavelmente vai receber fundos para fazer face aos custos da guerra na Ucrânia, que sofre indiretamente e, infelizmente, ainda não me apercebi de nenhuma ação governativa, de planeamento ou de execução neste sentido, pois provavelmente só o faremos, quando desaparecer toda a Baixa Pombalina, afogada pelo seu rio-mar.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma