A Comissão Europeia finalmente fechou o acordo com o MERCOSUL, organização desenvolvida à imagem e semelhança da CEE, antes de se ter transformado em União.
O MERCOSUL é pois um fruto do SOFT Power da UE, poder atualmente quase desprezado e menorizado, pelo Main Stream, e consequentemente pelas opiniões públicas, num mundo numa quase Guerra Mundial, onde o realismo nas relações internacionais e as relações bilaterais, ameaçam o multilateralismo.
A assinatura deste acordo, no entanto, ainda tem de ser ratificado pelos Parlamentos de todos os Estados-membros, algo que para acontecer vai exigir alguns compromissos e compensações à França, que teme dificuldades no seu setor primário, dado que o valor dos seus produtos agrícolas é muito superior aos dos oriundos dos países da MERCOSUL, e evidentemente noutros estados-membros pelos mesmos motivos, ou por motivos políticos.
Espero que este acordo seja ratificado, como espero que o acordo que a UE está a estabelecer com a ASEAN, também chegue a bom porto, pois é fundamental que se estabeleça um acordo semelhante com os países dessa importante região do mundo.
O SOFT Power tem de ser o farol a seguir no sentido de almejarmos a paz, privilegiando a diplomacia económica.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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