Geral Opinião

A guerra nos dois TO’s têm como objetivo impedir que os EUA atinjam os seus objetivos estratégicos

Foto: CNN Brasil

Os Conceitos Estratégicos Nacionais e das instituições e organizações que se dedicam à segurança e defesa, são documentos estruturantes que servem para a partir deles, todos os departamentos governamentais, ministérios, elaborarem os seus conceitos e diretivas para concorrerem para o objetivo estratégico traçado pelos políticos expresso no referido conceito.

Se por um lado a publicitação dos conceitos estratégicos permite que não haja mal-entendidos em relação aos objetivos estratégicos de quem os declara, por outro lado permite às potências concorrentes, ou em competição estratégica, tentarem anular que a outra, ou outras, os atinjam.

A estratégia dos EUA de sair da Europa e do Médio Oriente para se deslocarem para a região Ásia/ Pacífico tendo em vista conter o seu, competidor/adversário estratégico mais importante, a China, não está a ser conseguida, devido à guerra na Ucrânia, e ora ao novo/ velho reacendimento do conflito Israelo-Palestiniano.

Os EUA deveriam fazer exatamente o mesmo em relação à China e à Rússia, ou seja, impedi-los de alcançar os seus objetivos estratégicos declarados, algo que têm tentado concretizar sem sucesso, pois têm estado a apoiar, sem grande eficácia os ucranianos, pois esse apoio tem sido sempre dado a medo, de que a guerra escale para o patamar nuclear, e têm simultaneamente tido dificuldades em conter os israelitas, na sua missão de defesa/ vingança, algo que pode, também, eventualmente dar origem a um conflito regional ou porventura mundial.

Enquanto os EUA mantiverem o apoio aos seus aliados nos dois conflitos, a China pode neste hiato de tempo, tentar pela força conquistar Taiwan, e algumas outras ilhas do Mar da China, que estão sob domínio o Japão.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

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