Os EUA fizeram explodir o seu drone de reconhecimento, que alegadamente, de acordo com as notícias por eles veiculadas, voava nas águas internacionais do Mar Negro, após este ter sido intercetado por aviões russos.
Vários vídeos do drone a ser intercetado passaram em todos os órgãos de comunicação de todo o mundo, para demonstrar que o aparelho e os EUA, seu proprietário, tinha sofrido um ataque ilegítimo sobre águas territoriais internacionais, alegadamente para dissuadir os russos a voltarem a cometer ataques destes, pois se tal acontecer haverá consequências, notaram entretanto que os pilotos cometeram um erro grosseiro, para desta vez não retaliarem.
A narrativa russa afirma que o drone foi intercetado por voar sem se identificar nas águas territoriais que considera suas, pelo facto de ter anexado à Ucrânia, facto que não tem qualquer fundamento de acordo com o Direito Internacional.
Os russos entretanto deslocaram navios para o local de queda do drone para o dissecar e estudar os seus sistemas de reconhecimento, numa tentativa de descobrirem sistemas que não conheçam para eventualmente os desenvolver ou arranjar meios para os contrariar, razão pela qual os americanos para o impedir o fizeram explodir e o fizeram voar até ao local mais profundo do Mar Negro.
Uma guerra é também o local onde se experimentam novas tecnologias, que podem ser fundamentais para o desenrolar da guerra e de futuras guerras e para outras eventuais aplicações ao mundo civil, pois não é despiciente da contribuição que o desenvolvimento destas novas tecnologias tem dado para o progresso e bem-estar da Humanidade.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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