Parece impossível o facto da guerra da Ucrânia não atar nem desatar ao fim de dois anos, pois mais cidade menos cidade a linha da frente continua estável, há já praticamente um ano e meio.
As duas partes em confronto travam combates duríssimos, enfim, uma guerra de trincheiras semelhante à l Guerra Mundial, em que a artilharia é a arma principal, e os combates frontais parecem ser os preferidos havendo alguns duplos envolvimentos táticos para se tomarem cidades, destruídas e já sem valor económico, nem patrimonial pois todo o edificado e infraestruturas estão completamente arrasados.
As guerras ganham-se quando novas tecnologias aparecem, e devido a elas a tática e a estratégia mudam, pois estas fazem com que tudo mude dado que é para tirar o maior e menor partido delas, que estas são obrigadas a mudar, malgrado os generais em confronto terem estudado nas mesmas escolas e com a mesma doutrina, ou seja, artilharia e muita concentração de forças num ponto desprezando eventuais baixas.
Se os aliados não derem as capacidades militares mais tecnológicas e disruptivas que exigem uma nova doutrina de emprego e táticas que permitam que haja movimentos em profundidade lateral, ou mesmo lateralmente, entrando pela Rússia, por e por mar, vamos continuar a ver uma guerra de atrição como no século passado.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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