Opinião

A Extinção do SEF

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, SEF, que substituiu algumas funções da extinta Guarda Fiscal, é uma polícia com uma missão importante, num país que corporiza a fronteira oeste externa da União Europeia e que pertence a Schengen.

A missão atribuída ao SEF tem de ser obrigatoriamente cumprida por uma entidade policial, que pode ser o SEF ou outra qualquer, desde que mantenha a eficácia, parece-me no entanto que por alguns dos seus inspetores terem cometido um crime grave, que não se deve acabar
com um serviço a funcionar, deve-se sim reorganizá-lo e tomar medidas assertivas por forma a impedir que se voltem a cometer crimes hediondos nas instalações do Serviço.

Quando falo de reorganizar, falo em termos de processos e procedimentos que têm de ser completamente revistos, para que crimes destes não se repitam, conjugados com a instalação de mecanismos eletrónicos de recolha de imagem, instaladas nos edifícios e, individualmente, nos polícias por forma a vigiar permanentemente a sua atuação.

É preciso, nesta e noutras polícias, evitar a todo o custo que a estas violem os direitos das pessoas que, têm por obrigação proteger, sendo para isso obrigatório conseguir através de imagens gravadas monitorar as ações dos polícias em permanência, quando em contato com a população que têm de proteger.

Parece-me que por morrer uma andorinha não se acaba a Primavera, neste caso em apreço, acabar com uma polícia, ou fundi-la com outra precipitadamente e a quente, é sempre uma péssima opção, a não ser que este assunto já tenha sido objeto de aturado estudo e que estivesse eminente a sua reconfiguração.

Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva