O primeiro-ministro de Israel ao assassinar o dirigente do Hamas no Irão, sabia que conseguia prolongar a guerra em Gaza, e sabia que iria, mais tarde ou mais cedo, sofrer uma retaliação por parte do Irão, pois esse seria o cenário mais previsível.
O que o dirigente israelita não sabia, e não sabe, é que tipo de retaliação o Irão irá fazer, embora no seu jogo da guerra tenha elaborado alguns cenários, que passam por um ataque de mísseis e drones vindos diretamente do Irão, ou simultaneamente do Irão e seus “Proxis”, que a acontecer poderá saturar o espaço aéreo de Israel, dificultando a aquisição de todos eles simultaneamente.
Sabia no entanto que os EUA o iriam ajudar, como sempre, o que lhe garante algum conforto, bem como tinha praticamente a certeza de que o Irão não iria escalar a guerra.
Talvez tenha razão, mas na guerra há sempre surpresas, e há que assumir os riscos a ela inerentes, e a resposta poderá ser efetuada de outra forma, com operações não regulares contra os interesses de Israel noutras zonas do globo, combinados ou não, com ataques ciber.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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