Será que apoiar Israel na guerra contra o Irão não é um objetivo político e estratégico dos EUA?
Esta pergunta não me parece ser descabida, dado que os EUA desde a queda do Xá da Pérsia, têm sido o bode expiatório de todas as políticas mal sucedidas dos autocratas religiosos do Irão, atitude que é recíproca, , pois para os EUA o Irão é o grande perturbador da Região do Médio Oriente, que se aliou a Putin, para sobreviver.
É verdade que desde a revolução Islâmica no país liderada por Khomeny, que depois o Xá, que o irão se tornou um problema regional, e que os EUA são considerados o grande Satã, e que estes combatem os EUA e o Ocidente, fomentando ações diretas e indiretas contra Israel e o Ocidente, como também é verdade que os EUA e o Ocidente também sobre ele têm exercido, infrutíferas sanções, e o tenham apelidado de um país do Eixo -do -mal, ou mais recentemente o núcleo da resistência, e que todas as ações dos EUA diplomáticas para dissuadir o Irão de desenvolver uma Capacidade Nuclear e para construção de armas, também se tem revelado infrutífera.
Com a Rússia entretida a invadir a Ucrânia e exaurida de meios convencionais, e por isso incapaz de prestar ajuda militar ao Irão, infelizmente parece-me a janela de oportunidade estratégica para voltar a colocar um novo Xá no Irão, ou seja, é agora ou nunca, razão pela qual Bibi não está na prática a ser desincentivado de atacar o Irão nem ninguém o condenou por ter morto o líder do Hamas em Teerão.
O Irão já percebeu o perigo que o seu regime corre se responder violentamente à provocação de Bibi, pelo que tem estado numa atitude passiva, ou se eventualmente responder, irá efetuar um ataque sem consequências de maior sobre Israel, à semelhança do anterior recente ataque de mísseis e drones, que parecia a guerra do Solnado.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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