As duas potências EUA e a Rússia, conseguiram os seus objetivos na guerra da Ucrânia, nomeadamente:
– Os EUA conseguiram que cerca de 75% do território ucraniano, que antes da revolução tida na praça Maidam, era tutelado pela Rússia; experimentar novos sistemas de armas e desgastar a economia russa.
– Os russos, por sua vez, conseguiram o seu objetivo minimalista de ficar com a Crimeia, o que lhes possibilita manter acesso aos mares quentes, e ainda vai conseguir ficar na posse do território ucraniano, que já conquistou ao longo da guerra, ou se conseguir negociar bem ficar com o território integral das quatro províncias que, ainda não conseguiu conquistar na totalidade no Teatro Operacional, bem como vai conseguir que a Ucrânia não entre na NATO.
À consecução dos objetivos das duas potências, levaram a que hoje tivessem decidido, à maneira medieval, dividir os despojos da guerra, que lhes vão permitir o acesso às terras raras da Ucrânia, o objetivo escondido das duas potências, que desses recursos necessitam para o seu desenvolvimento.
Os EUA para além da exploração das terras raras, que vão explorar livremente, como contrapartida do apoio militar que deram na guerra, ainda parece que vão conseguir que a UE, que não vai ser tida nem achada nas negociações, se responsabilize por garantir a segurança do que restar da divisão dos despojos, que a Ucrânia vai ter de aceitar à força.
A UE por sua vez vai ter também, com o fim anunciado da NATO, tal como a conhecemos, que pagar pela sua segurança, e apoiar a NATO que vai renascer do Fénix, para atuar fora da sua área de atuação, ou seja vai continuar se for necessária, como sempre, para atuar de acordo com os novos interesses dos EUA, pois vai contar com o apoio dos Estados membros que já caíram nas mãos dos populistas, e dos que vai fazer cair, com a ajuda de Elon Musk.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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