Os EUA e a NATO saíram do Afeganistão, após terem assinado um tratado de rendição com os Taliban em Junho do ano passado, cuja única condição que impuseram , foi a de que o país não poderia ser palco de terroristas e que estes não poderiam, a partir dele, atentar contra território Norte-Americano.
A saída dos EUA e da NATO começou a ser pensada no consulado de Obama, o tratado de rendição com os Taliban assinado por Trump, e a execução da saída do território efetuada por Biden, factos que provam que os EUA, independentemente do seu presidente e do partido liderante, pretende sair da cena internacional e regressar às políticas isolacionistas internas.
Esta saída do Afeganistão, com sabor amargo a derrota, equivale em termos de Relações Internacionais à queda do muro de Berlim e ao colapso do Pacto de Varsóvia, pois significa na prática a retirada voluntária dos EUA do seu papel de líder do mundo ocidental, e a consequente derrocada da NATO, organização que agonizava desde a implosão da União Soviética.
A estratégia tem horror ao vazio, e o estertor da NATO, obrigará a Europa a federar-se mais e a investir mais, muito mais, na sua defesa, algo que até à data não tem feito, por confiar esse assunto à NATO.
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
Adicionar comentário