Salvo se acontecer um imprevisto, parece-me que vamos para eleições legislativas no início próximo ano, pois a esquerda, desta vez não apoia o governo.
O governo minoritário do PS, portou-se como um governo maioritário, autista, soberbo e pouco humilde, nunca reconhecendo erros, não remodelando ministros, que na realidade já o não eram, achando-se dono dos fundos de recuperação e resiliência, algo que a esquerda não perdoou, nem a direita, nem o próprio povo que, em minha opinião, dificilmente votará outra vez em António Costa.
A campanha autárquica, embora o PS tenha ganho, não ganhou como Costa teria gostado, apesar do esforço que fez, e das promessas de investimento, com fundos europeus destinados ao desenvolvimento de Portugal, e não para usufruto do governo e para serem distribuídos preferencialmente às Câmaras do PS, conforme tónica constante nos discursos de campanha, efetuados por Costa e pelos candidatos autárquicos do PS.
O Povo tudo perdoa, não perdoa atitudes de rei absoluto, e os partidos de esquerda não querem, desta vez estar presos ao PS, sem grandes ganhos de imagem e eleitorais, deixando todo o protesto, que sempre capitalizaram, exclusivamente a cargo do CHEGA.
Vamos ver em janeiro, em novas eleições legislativas, qual o resultado desta dissolução parlamentar, já prometida pelo Presidente da República.
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
Adicionar comentário