Acabei de ler a crónica da Assunção Cristas no DN, a explicar que a direita dela, à semelhança do que disse Marcelo no debate com André Ventura, não era também a direita preconizada por esse candidato a presidente e líder do Chega, pois era uma direita de inclusão e de apoio a causas sociais, mais de acordo com a Democracia Cristã Europeia, patente no PPE na Europa.
Apreciei o papel que fez na oposição ao governo de Costa, enquanto foi líder do CDS, pois foi a única voz que se ouvia da oposição, uma vez que Rui Rio tem andado, estranhamente, perdido em combate.
Fiquei surpreendido com o mau resultado eleitoral do CDS, nas últimas legislativas, que levaram Cristas a abandonar o partido, e a entregá-lo ao Xicão, político inábil e inexperiente que tem levado o partido à sua quase extinção. Curiosamente André Ventura tem tido na AR uma postura agressiva, mais boçal e primária, porque é mais radical que a de Assunção Cristãs, e sobe nas sondagens.
Será que somos um país machista e o que ficava mal numa mulher, fica bem num homem?
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
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