João Cutileiro, morreu esta terça-feira, aos 83 anos. O escultor estava internado num hospital de Lisboa com graves problemas do foro respiratório.
Nascido a 26 de junho de 1937 e natural de Lisboa, viveu e trabalhou em Évora desde 1985. Formou-se em Oxford e frequentou os ateliês de António Pedro, Jorge Barradas e António Duarte de 1946 a 1950, tendo feito a sua primeira exposição individual (“Tentativas Plásticas”) em 1951, com 14 anos, em Reguengos de Monsaraz, onde apresentou esculturas, pinturas, aguarelas e cerâmicas.
Irmão do falecido diplomata, escritor e antropólogo José Cutileiro, era considerado um dos maiores escultores contemporâneos portugueses, sendo autor de várias obras como o Monumento do 25 de Abril instalado no Parque Eduardo VII, em Lisboa.
Da sua obra destacam-se as figuras de mármore, uma das mais polémicas a de D. Sebastião, instalada em Lagos e inaugurada em 1972 – desafiou então o Estado Novo.
João Cutileiro foi condecorado com a Ordem de Sant’Iago da Espada, Grau de Oficial, em agosto de 1983, e recebeu o Doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Évora e pela Universidade Nova de Lisboa, este último, concedido em 2017.
Em 2018, recebeu a medalha de mérito cultural, atribuída pelo Governo, numa cerimónia no Museu de Évora que serviu igualmente para formalizar a doação do espólio do escultor ao Estado português.
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