Ontem dia 21 de Dezembro de 2020, numa tarde fria mas iluminada por um sol triste, Op’t Land morreu, agarrando a mão de sua esposa, numa despedida ao amor de muitas décadas.
Nasceu a 21 de Novembro de 1923, em Amsterdão. Tinha o titulo de Doutor Arquitecto/Engenheiro. Vários prémios em pintura e escultura, tinha uma escultura no átrio da sede da Philips em Heindhoven, desenhou estradas, vilas, restaurantes em Itália, um Teatro em Bolonha, o edifício do Ministério da Defesa em Argélia, ainda trabalhou em França e lá viveu. Mas viveu e trabalhou sobretudo muitos anos em Itália.
Em Itália, além das artes a sua grande paixão foi por uma cantora lírica portuguesa, com a qual viria a casar e mais tarde viria para Portugal, exatamente para a Ericeira.
Por cá fez várias exposições de pintura, com uma super- exposição no Palácio de Mafra do quadro “Quadros de uma exposição” com base na interpretação da composição musical de Mussorgsky, com cerca de 20 metros de largura, acompanhado de música com piano forte e
violoncelo.
Na sua sempre efervescente criatividade não parava e, propôs à Câmara municipal de Lisboa o “ABOBADÃO”, uma super obra para a entrada do Castelo de São Jorge e átrio comercial, com partida e chegada de camionagem a Lisboa, um sonho nem sequer difícil de concretizar.
Ainda há dias, grandes discussões matemáticas sobre Icoshedron e a construção à mão de figuras de poliedros em contraste com os princípios de Pitágoras, eram nos últimos tempos a sua ocupação do tempo – a discussão matemática e a utilização do computador, com quem tinha
um amor /ódio por este não responder às suas mais simples demandas.
Perdemos um colaborador, mas sobretudo um grande amigo.
Lieuwe Op’t Land vai a enterrar no cemitério da Ericeira pelas 15h, de hoje.
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