Soubemos esta semana que, um botão de pânico vai ser instalado nos novos quartos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, na sequência do assassinato bárbaro dum cidadão Ucraniano, alegadamente pelos funcionários do SEF nas instalações do próprio serviço.
O melhoramento das instalações que deixaram de ter camaratas e passaram a dispôr de quartos é louvável, embora me pareça que a instalação dum botão de pânico em cada quarto seja uma desnecessidade, pois em caso de outro espancamento, a vítima nunca lhe conseguirá chegar, e se chegar, o alarme soará na sala do SEF, ou seja, na sala dos algozes.
Este caso faz-me lembrar um indivíduo da minha terra, um pouco apoucado, que uma vez me perguntou se urinar para os pés fazia mal ao relógio, pois como é evidente os dois factos não têm qualquer ligação.
Depois deste “fait divers” gostaria de salientar que o caso do homicídio do cidadão Ucraniano vai começar em breve, cabendo aos tribunais efetuar a justiça que, esperamos seja consentânea com um estado de direito, em que os direitos humanos estão, ou deveriam estar, no seu ADN.
Espero que haja consequências políticas deste bárbaro ato, e penso que o Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita não tem condições para continuar no cargo.
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
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