Ouvi atentamente os discursos no Knesset Israelita, quer dos dirigentes de Israel, quer de Donald Trump.
O discurso de Bibi, foi de tal forma subserviente que conseguiu inclusive ultrapassar o do Secretário Geral da NATO, quando de chapéu na mão vai pedir a Trump que não deixasse a Europa autonomizar-se, algo que os EUA nunca também quererão nunca que isso aconteça, muito embora faça várias declarações em sentido contrário.
O discurso de Trump , após ter sido adorado como se fosse um Messias, ou mesmo um profeta ao nível de Abraão, foi degradante. O afirmar que tinha conseguido acabar, e vai conseguir acabar, com todas as guerras, cruzadas, e outras que têm existido na região, há mais de dois mil anos, algo só alguém ungido como ele poderia fazer.
Além disso propositadamente afirmou que o deu amigo Bibi, era o melhor dos melhores políticos em guerra de sempre e, que por esse facto merecia um indulto presidencial do Presidente da Republica de Israel, presente no Knesset, que pusesse fim ao processo judicial que lhe é movido por corrupção, ao afirmar peremptoriamente, que uns charutos e uns champanhes que terá recebido em troca de favores, não tinham relevância absolutamente nenhuma
Além de se ter autoelogiado permanentemente, e denegrido publicamente os últimos presidentes, ainda elogiou a sagacidade de todos o seu staff, como sendo os melhores dos melhores de sempre. Como militar chocou-me muito, mais uma vez, que tenha achincalhado todos os seus generais, que apelidou de generais de gabinete e que estavam sempre desejosos de aparecer nas televisões, enaltecendo um general da Força Aérea de três estrelas , que o acompanhava na visita, como sendo o melhor de todos. Se eu fosse um general americano de quatro estrelas, prestigiado, depois de todos os seus congêneres e eu próprio, ter sido desfeiteado em público, pedia imediatamente a demissão.
Concluindo estamos perante alguém que dificilmente esqueceremos, não pelo mérito mas pelo demérito.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

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