O prémio Nobel da paz foi entregue à Corina Machado, opositora de Nicolas Maduro na Venezuela, uma mulher combativa que, não se calou nem fugiu do país, quando o candidato por ela apoiado, teve de se exilar em Espanha após ter perdido as últimas eleições presidenciais no país.
O seu combate pela democracia liberal no seu país tem sido notável, e tem o apoio de todos nós, que como eu, não me revejo em autocracias, sejam elas de esquerda ou de direita, pois como dizia Aristóteles deve-se sempre escolher e defender sempre o caminho do meio, que é a democracia liberal.
Trump bem pressionou e ameaçou, tudo e todos, para conseguir ter o prémio, algo difícil de alguma vez almejar, quando internamente tem o país dividido, em clima de pré-guerra civil, com militares por ele enviados para os estados inimigos, os democratas, sobre falsos pretextos de insegurança, e está concomitantemente a desumanamente perseguir e deportar migrantes, incluindo para prisões de alta segurança em São Salvador, sem julgamento nem culpa formada.
Em relação à guerra em Gaza é verdade que parece ter conseguido um cessar fogo, e ter um plano de paz, que ainda está a ser discutido, no entanto esta guerra já podia ter parado à muito tempo, tendo-se poupado milhares de pessoas, caso tivesse querido, bastava não apoiar Israel nem politicamente na ONU, nem logisticamente com armamento.
Bem haja à coragem da comissão para atribuição do pré mio Nobel que resistiu à pressão de Trump e dos EUA, algo que os lideres europeus não têm conseguido, pois são de uma subserviência, que me espanta e à maioria dos europeus.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

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