Moçambique pediu ajuda à União Europeia para combater a insurgência na Província de Cabo Delgado. Sou da opinião que Portugal deve integrar uma força de apoio ao exército Moçambicano e, assessorá-lo na reconstrução do seu exército, essencialmente dando formação a tropas Comando e de Operações Especiais, bem como colocando assessores militares
esclarecidos e conhecedores da estratégia, da tática e da guerra psicológica usada por Portugal na Guerra do Ultramar, junto dos principais comandos moçambicanos.
Sou da opinião que, a única forma de combater a insurgência em Moçambique é o governo moçambicano usar uma estratégia semelhante à que Portugal usou durante a guerra do Ultramar, conquistando as populações da província de Cabo Delgado, Teatro de Operações atual dos insurgentes, levando-as para aldeias seguras, armando milícias nessas aldeias, para a protegerem e organizando o terreno a toda a sua volta para defesa. As tropas de quadrícula, regulares, poderão e deverão ficar aquarteladas nessas aldeias, pelo menos das principais, para ajudarem na sua defesa e efetuarem operações em seu redor.
As Forças Especiais devem ser mais bem equipadas e treinadas, como também foi desenvolvido por nós, quando Kaúlza de Arriaga foi Governador de Moçambique e deve ser estabelecida uma grande cooperação com a Tanzânia, por forma a combaterem os insurgentes
em conjunto e assim destruírem as bases logísticas, que a partir desse país alimentam a guerra. As tropas especiais devem efetuar operações, curtas e cirúrgicas, e as forças de operações especiais, operações não convencionais, por forma a poder combater o In em território, transfronteiriço e mesmo no interior dos países vizinhos.
Está tudo escrito e documentado. Como diz um grande amigo Coronel, que me deu história no IAEM, não há nada de novo debaixo do Sol.
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
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