Toda a nossa vida como nação independente, só foi possível ser concretizada através de alianças, que fomos fazendo, a maioria das vezes com os ingleses, a potência marítima, que esteve sempre em oposição à potência continental, a França, embora quase sempre tivemos de abdicar de soberania e de recursos a favor destes, como paga pelo apoio.
Foi assim no início da nacionalidade, na crise da 1383/85, nas Invasões Francesas ou guerra Peninsular, nas lutas liberais, consequência das invasões francesas, foi assim na I Guerra Mundial, e no final da II, em que acabámos por oferecer a base das Lajes aos ingleses e a de Santa Maria aos EUA, e foi assim desde o início da NATO, até à atualidade. A política nacional e a soberania, foi sempre determinada pela conjuntura internacional, inclusivamente a descolonização, e a adesão à Europa.
Numa altura de grande turbulência Internacional e de grandes redefinições da Ordem Mundial, Portugal foi a eleições nacionais, a discutir a Spinumviva, como se vivêssemos numa ilha em que tudo podemos fazer e determinar, independentemente do enquadramento em que vivemos.
Enfim, idiossincrasias salazarentas do orgulhosamente sós, algo que foi uma “fake new“ que Salazar quis vender e vendeu aos portugueses, tal como reescreveu a nossa história, que baseou em mitos inexistentes.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

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