O futuro da geografia de Tim Marshall, é o último livro do autor, que nos seus livros nos volta a chamar à atenção que é a geografia que define a política, relançando assim o tema da geopolítica, como a definidora das estratégias dos diferentes atores políticos, ou seja, dos estados.
Neste último livro o autor refere que a geografia do futuro é o espaço, ou seja, no futuro podemos falar de uma nova geopolítica em que a geografia espacial condiciona a política das potências espaciais.
Atualmente o espaço já tem grande relevância na nossa vida diária e nos conflitos que se desenrolam por todo o globo, pois é no espaço que que gravitam em torno da terra atualmente todos os satélites que gerem os Sistemas de Navegação, Meteorológicos, de Guiamento de Guiamento de Mísseis, de Comunicações, de Recolha de Informações, entre outras funções, essenciais na paz e na guerra.
O autor, baseado no presente, prospetiva que no futuro será na competição entre as atuais três únicas potencias com efetiva Capacidade Espacial, que se poderão iniciar os futuros conflitos, nomeadamente entre os EUA, a China e a Rússia, ou seja, a rivalidade, as tensões, e os conflitos terrenos certamente se projetarão na conquista do espaço, que se iniciará pela Lua, em busca dos minérios que nela se sabe que existem, e que são fundamentais ao nosso desenvolvimento, e da lua paulatinamente iniciarão a conquista de outros planetas, como se da conquista dum arquipélago se tratasse.
Atualmente o Luxemburgo e o Japão estão a posicionar-se também na conquista do espaço, embora vocacionados para a exploração de cometas que consideram ser eventualmente mais rentável, pois é nos cometas que existem maiores concentrações de minérios.
Atualmente existe um vácuo legislativo sobre a conquista do espaço, no entanto parece-me que as três grandes potências espaciais se deviam entender, e realizar uma espécie de Tratado das Tordesilhas, para evitar conflitos e guerras.
Nesta nova conquista do espaço, os EUA estão nas mãos de Elon Musk, que praticamente já controla a NASA, este empresário e outros como o Bezos, podem vir a substituir os estados como atores espaciais, o que poderá tornar o espaço num caos.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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