Geral Opinião

A China comemorou os vinte e cinco anos da integração de Macau

Foto: Euronews

A resistência de Taiwan em integrar-se na República Popular da China aumentou devido as maus exemplos provenientes de Macau e Hong Kong.

Nesta quadra natalícia os chineses comemoram o facto, de há vinte e cinco anos, o território de Macau ter sido integrado na República Popular da China, embora com alguma autonomia, que devia durar por cinquenta anos.

A prometida e acordada autonomia administrativa, o estatuto especial de Macau, deveria conforme acordado com Portugal vigorar durante cinquenta anos, no entanto devido ao facto de em Hong Kong terem havido várias manifestações e revoltas contra algumas perdas de direitos impostas pela China, esta foi-as violentamente oprimindo, e aos poucos foi restringindo formalmente os direitos, liberdades e garantias desse território e consequentemente de Macau, já que ambos os territórios tinham um estatuto semelhante.

Esta nova política e estratégia do imperador Xi Ji Ping, aterroriza o território de Taiwan, que se tinha  algumas dúvidas, sobre a hipótese de vir a integrar  voluntariamente o território da República Popular da China , mantendo um estatuto especial semelhante aos das antigas colónias britânica e portuguesa, perdeu-as completamente, razão pela qual precisa de se armar contra uma eventual invasão Chinesa, e aliar-se aos EUA, e às potências do Ocidente alargado, que curiosamente integram o Japão e a Coreia do Norte, que pouco ou nada têm de Ocidente em termos culturais.

A República Popular da China dos tempos de Deng Xiao Ping, estrategicamente pretendia construir um país com dois sistemas, conseguiu o cabalmente no início, até que Xi Ji Ping, formulou uma nova estratégia para o país, que apesar de continuar a dirigir o país com um dictate comunista, mantendo as grandes empresas estratégicas no domínio do estado, e de ter mantido apesar de tudo, as empresas não estratégicas abertas ao capital privado e estrangeiro, com algumas, muitas, limitações, o que tem sido um facto decisivo para o grande desenvolvimento económico do país, é completamente contra a autonomia de partes do território que governa.

A política económica iniciada por Deng Xiao Ping foi essencial para a industrialização do País, muito em especial devido à política errada seguida pelo Ocidente nas últimas décadas, que transferiu as suas maiores e mais rentáveis empresas industriais e tecnológicas para a China, para aproveitar a mão-de-obra barata, pensando que dessa forma, só teriam de garantir a qualidade, e que as mais valias dos serviços viriam sempre para o Ocidente.

Esta errada política Ocidental, funcionou bem durante uns tempos , até os Chineses terem começado a desenvolver independentemente  as tecnologias, que nós para lá  ingenuamente transferimos, tendo-nos rapidamente ultrapassado em todos os sectores tecnológicos, de tal forma que já consegue competir em qualidade e custos, facto que está na origem da falência da indústria automóvel europeia, principalmente a alemã.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

Tags