Depois de fotografarmos vários concertos da Stick & Rope Band no concelho de Mafra, no sábado foi dia de elevar a fasquia com o concerto desta banda instrumental no Centro Cultural de Belém, onde apresentaram o seu primeiro álbum de originais.
Apresentaram-se neste conceituado palco de Lisboa com a guitarra acústica de João Tiago Oliveira e a musicalidade a que sempre nos habitou, o som genuíno da guitarra portuguesa com a mestria de Pedro Viana, João Mourinho marcou o ritmo na bateria e a fechar este quarteto, Frederico Gato com o seu baixo, como sempre, com uma marca muito própria. Houve ainda espaço para um convidado, Miguel Teixeira nas teclas foi a cereja no topo de um grande concerto.
Este grupo de amigos de longa data, que já podemos ver em outros projetos individuais, enquanto Stick & Rope Band, viajam da música pop ao fado e segundo os especialistas na matéria, na “música de raiz mediterrânea e com a matriz presente de ensemble acústico”, procurando novos caminhos e uma identidade sonora marcante e muito própria.
No álbum que apresentaram no palco do CCB, com uma plateia esgotada, a banda juntou uma seleção de temas instrumentais originais, bem como algumas versões de temas de compositores que o grupo admira, casos de Bela Fleck e José Afonso e mesmo “um cheirinho” de Led Zeppelin.
Questionámos Tiago sobre a importância do lançamento deste álbum ter acontecido na sala de espetáculos do CCB – “O CCB é uma sala importante, sem dúvida, mas o mais relevante é ter na plateia, em qualquer sala ou concerto, público que se sinta disposto a seguir a viagem sonora que nos propomos fazer. Foi uma noite especial e poder ter a sala cheia é muito gratificante.”
Experimentem ouvir o tema “Ocasos”, vão ficar com vontade de ouvir “Lisboa ao entardecer” ou “Zeca Zeppelin” e não vão parar até ouvirem o álbum na sua totalidade.
Texto e fotografias de Carlos Sousa/ KPhoto
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