Todos os Impérios normalmente acabam implodindo, ou seja, acabam-se por esgotamento interno, de que são exemplos, a decadência do Império Romano, e mais recentemente, o fim do império Soviético. Claro que essa desagregação será aproveitada e é fomentada pelos países que desafiam a potência dominante, numa altura que a Nova Ordem Mundial se está a redefinir.
A eleição de Trump nos EUA e as suas escolhas para todos os cargos políticos e da Administração Pública do Estado Federal, que reúne negacionistas, das alterações climáticas e das vacinas, charlatões de Programas de Televisão, Industriais das Indústrias Fósseis, Czares das fronteiras, para extraditar 11 milhões de migrantes, e um multimilionários para a eficiência do Estado Federal, são a prova cabal que o Império dos EUA está doente, que vai entrar num estertor e colapsar por dentro.
Infelizmente, os EUA não irão sozinhos, porque com ele vão alguns programas sanitários e de desenvolvimento no sul global, patrocinados pela ONU e suas distintas agências, organização essa para a qual nomeou uma embaixadora anti-multilateralismo e anti-ONU, sinal mais que evidente que deixará de as financiar.
Malgrado o referido, em minha opinião, a erosão interna do Estado Federal, que tão difícil foi de constituir no passado, com os despedimentos anunciados por Musk, parece-me que será o calcanhar de Aquiles da Administração Trump, pois retirar poder, competências e ferramentas ao Estado Central, Federal, é tirar-lhe Capacidade de Intervir, e como a estratégia é inimiga do vazio, esse poder será assumido pelos diferentes estados, o que em minha opinião, consubstanciará o princípio do fim dos EUA como o conhecemos, que têm sido a grande potência líder do Ocidente, desde o fim da II Guerra Mundial.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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