Geral Opinião

Moçambique no meio duma revolução

A oposição em Moçambique, liderada por Mondlane, decidiu fazer uma trégua de dois dias na revolução que estão a desencadear, que de acordo com as minhas fontes, tem como objetivo único, permitir enterrar os mortos, tratar os feridos, e que a população se abasteça dos víveres necessários para sobreviver. De acordo com as minhas fontes, Segunda-feira dia 11 de novembro, começa uma nova e derradeira fase da revolução, que será anunciada no Domingo pelo líder da Renamo.

O presidente Miuzi parece ter fugido de Maputo para Nacala, para conseguir ter a proteção das tropas do Ruanda, a atuar nessa região, pretensamente contra o terrorismo patrocinado pelo Estado Islâmico que tem atuado no Norte de Moçambique.

Neste momento não há comunicações no território, nem transações financeiras, e os aeroportos estão encerrados, ou seja, o país está parado. A missão da UE chefiada por um Brigadeiro General Português, para treinar quadros e tropas para lutar contra o terrorismo, não tem nenhuma força que garanta a sua proteção, nem o seu sustento, e toda a população portuguesa que reside em Maputo está em casa, sem poder sair, e mesmo que queiram regressar para Portugal, o aeroporto e outra eventuais saídas estão encerradas ou não são seguras.

Parece-me que vai ser necessário o governo Português acionar o plano de evacuação de cidadãos nacionais, e enviar os nossos novos aviões de transporte, com uma força de operações especiais para o executar.

Para se evitar um banho de sangue é necessário repetir o processo eleitoral em Moçambique, e garantir que ele seja transparente e justo, devendo esse trabalho ser efetuado pela União Africana.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

Acerca do autor

Nuno Pereira da Silva

Coronel de Infantaria na Reserva

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