Os EUA são um país em que as religiões, continuam a ter muito peso na vida das pessoas, ao contrário da Europa que se descristianizou. Nos EUA, há gente de todas as matizes das diferentes religiões e credos, com mais ênfase nas cristãs evangélicas.
Os EUA ainda são um estado em que os Presidentes juram, na cerimónia de investidura presidencial sobre a Bíblia, e inclusive o dólar, a moeda oficial americana, desde 1955, por deliberação de Eisenhower, tem inscrito o lema In “God we trust”.
Em quase todas as guerras, em que os EUA têm entrado, há sempre um cariz messiânico, uma invocação, mais ou menos declarada, da justeza moral da mesma.
Quem ler alguns clássicos da literatura americana, como o pregador Erskine Caldwell, ou visionar alguns clássicos do cinema, percebe essa influência, e a influência dos pregadores nas comunidades mais rurais, algo que em minha opinião, está relacionado com o facto de serem um país de emigrantes, alguns que tiveram de sair do conforto dos seus lares, para conquistar e desbravar uma terra inóspita, outros que foram para os EUA como escravos, e todos eles se refugiaram na religião, e na fé para vencer as adversidades, porque passaram.
Sendo a religião, principalmente a Cristã, algo tão importante e intrínseco da identidade dos americanos, uma candidata a Presidente dos EUA, que queira ganhar eleições, não pode ter como principais bandeiras do seu programa o aborto e outros temas disruptivos, como os LGBT’s e a identidade de género, temas que são espúrios à maioria do povo americano, pois estes vão contra tudo em que eles acreditam.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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