Aos 16 anos, começou numa banda de rockabilly, os Marta and the Motors, esteve três anos em concertos. Mais tarde iniciou outro projeto de Swing e Jazz, os Swing da Má Sorte. Quando se muda para a Ericeira, integra os Projecto BUG, com vários estilos musicais onde ficou um ano.
Numa noite de domingo fomos surpreendidos pela presença de Marta nas provas preliminares do The Voice Portugal, a “miúda” da Ericeira, estava em grande performance e era escolhida por Nininho Vaz Maia, neste momento começou o seu sonho, cantar numa grande plateia e mostrar aquilo que tão bem sabe fazer, cantar.
Lançámos o desafio à Marta de fazer uma sessão de fotos e uma entrevista que desse a conhecer um pouco mais do seu ser e do que ambiciona nesta nova aventura que está a mudar o seu quotidiano. Com a sua simpatia e simplicidade aceitou sem hesitar.
Passeámos pela Ericeira e fomos conversando num dia de sol, deixamos aqui a sua imagem e o seu testemunho.
Até aqui, o que nos podes contar do teu percurso pessoal e artístico?
“Fiz o ensino secundário na escola profissional de imagem (EPI) e tirei o curso de produção e tecnologias da música. Surgiu uma oportunidade de entrar num projeto musical com o género de rockabilly anos 50/60 aos 16 anos, “Marta and the Motors” dando origem num bar em Alhandra com o nome de “Roxy Romeo”, gerido por Francisco Romão. O projeto musical teve a duração de dois anos e
meio.
Após terminar o secundário, estudei na faculdade de letras por dois anos, ingressei no curso de Estudos Artísticos – Artes e Culturas comparadas, e trabalhei enquanto assistente de exposição, em simultâneo com os estudos ,durante dois anos e meio no Museu de Arte Moderna e Contemporânea da Coleção Berardo. Infelizmente não terminei o curso e acabei por congelar a matrícula.
Iniciou-se outro projeto musical de música vintage com o nome “Swing da Má Sorte” , e mais tarde com a mudança de residência, escolhi a Ericeira para começar uma vida nova e depois da mudança conheci o grupo musical dos Projecto Bug, com vários géneros musicais no qual fiz parte durante um ano e tive o privilégio de cantar e tocar com excelentes músicos.
Após ter sido mãe, trilhei o meu caminho no mundo da restauração e deixei a música de parte. Atualmente encontro-me a trabalhar no Restaurante Costa Fria na Ericeira enquanto empregada de mesa, e este ano decidi voltar a apostar na música, sendo o que me eleva a alma e a forma como me conecto com o todo.”
Conta-nos como foi o sentimento e emoção, quando soubeste que tinhas sido selecionada para a prova cega do The Voice Portugal.
“Quando soube que tinha sido selecionada para as provas cegas do the voice foi um turbilhão de emoções. Foi o sentir que a minha decisão tinha-me dado a oportunidade de fazer acontecer, o sonho de viver a música na minha vida, ao mesmo tempo um nervoso “miudinho” mas super feliz, o sentir o bichinho na barriga novamente arrebitou-me.”
Descreve-nos como foi entrar em palco sabendo da enorme exposição que ias ter.
“Pareceu-me um sonho, senti a adrenalina toda antes de começar a cantar, os nervos à flor da pele mas ao mesmo tempo senti-me grata por estar a pisar aquele grande palco. Na verdade naquele momento não pensei na exposição que ia ter mas sim em dar o melhor de mim e desfrutar o máximo possível.”
Quando o o Nininho virou a cadeira, o que sentiste?
“Senti um click cá dentro, tentei não me distrair da performance mas foi aí que me começou a “cair da ficha”, de que realmente “estava a acontecer.”
E agora, até onde achas que podes chegar?
“Estou focada em cada etapa e dar o meu melhor. Também estou curiosa por saber até onde posso ir, este é um novo e grande desafio na minha vida e sinto-me a sair da minha caixa. Também me vou descobrindo com esta experiência. Vou deixar fluir e confiar. O facto de estar no The Voice Portugal já é uma vitória para mim.”
Independentemente da fase que chegares no The Voice, a tua exposição é já enorme, estás preparada para abraçar uma carreira a despontar?
“Sim, estou de coração aberto para evoluir, aprender e apostar nas oportunidades que possam surgir. Quem é que não está preparado para viver um sonho?”
Agora “És da Ericeira”, queres deixar uma mensagem para as pessoas que por certo te estão a apoiar?
“Eu nasci em Lisboa, vivi no Forte da Casa, Alhandra e por fim Lisboa e há 7 anos atrás decidi escolher esta maravilhosa terra da Ericeira como lar, deixando de ser assim só a minha casa nas férias e de fins de semana.
Não tenho palavras para agradecer todo o carinho, apoio e incentivo que estou a receber, na verdade foi uma surpresa para mim o que me tem dado força e me ajudado na minha autoconfiança.
Não sei até onde chegarei, mas ficarei sempre grata por tudo e por tanto.”
Desejamos toda a sorte do mundo à Marta neste grande desafio, por certo vai dignificar e dar visibilidade à Ericeira, mostrando mais uma vez o que de bom se faz a Oeste.
(Na sessão fotográfica que fizemos, Marta vestiu uma criação de António da Silva, o estilista Jagoz).
Fotografias e texto de Carlos Sousa/ KPhoto
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