O direito de resposta da Ucrânia e o direito à defesa do seu território está consignado na carta da ONU, pelo esta pode ser sempre avocada, podendo ser considerada uma guerra justa, “jus bellum“, ou seja, uma guerra defensável do ponto de vista do direito internacional, da ética e até mesmo da moral .
Se a Rússia usa todo o seu território para das suas bases aéreas, mais recônditas e longínquas, atacar todo o território Ucraniano, bem como nele utiliza todo o tipo de sistemas de armas convencionais, parece-me ser defensável a pretensão do atual Presidente Zelensky de lhe permitirem usar sistemas de armas, mísseis e drones com maiores alcances, para atacar em profundidade a Rússia, única e exclusivamente, sobre alvos militares, devendo ser essa a única restrição ao seu uso. Esta pretensão de Zelensky é ainda mais legitimada, dado que a Rússia também usa munições, drones e mísseis cedidos pela Coreia do Norte e Irão, ou seja, países terceiros aliados, sem qualquer tipo de restrição.
De qualquer forma, os EUA têm-se recusado a dar essa autorização, bem como a inclusive fornecer esses sistemas de armas, drones e mísseis de longo alcance, e inclusive têm aconselhado os Britânicos, também a o não fazerem, no entanto segundo as informações publicadas, sobre este assunto, estas afirmam que os Britânicos já o autorizaram, embora pareça que com muitos “caveats”, ou seja, pelo menos com a restrição, que enunciei ao seu uso.
A Rússia, desta vez também, e à semelhança de outras vezes, mais uma vez ameaça usar armas nucleares contra o Reino Unido.
O problema desta guerra é que ninguém a quer perder, e quando um autocrata, como Putin, se vir encurralado e a perder tudo fará para dessa situação se libertar.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
Adicionar comentário