A Inteligência Artificial está a revolucionar o mundo da programação computacional, e acabando com a sua existência, ou seja, está a substituí-los paulatinamente e a obrigá-los a aprofundar outros “skills”.
No meu tempo de estudante na Academia Militar, quando o curso era mais versado para as ciências exatas ao invés da atualidade, depois de, e de uma forma lógica desenhar a solução de um qualquer tipo de problema, ou seja, de o efetuarmos um fluxograma, íamos seguidamente traduzi-lo para uma linguagem de computador, que no meu caso específico era o Fortram 4 que era o que se adaptava mais à matemática e à física.
Na época perfuravam-se cartões, numa máquina específica com um teclado tipo do de uma máquina de escrever, cada um com uma linha de programação, sendo que depois estes eram enviados para o computador do Instituto Superior Técnico, e passados uns dias recebíamos uma folha de papel do tamanho dum lençol, que indicava as linhas com os erros que tínhamos cometido, sem indicar quais, perfurávamos novos cartões com as soluções que encontrávamos, e esperávamos que desta vez o computador não detetasse nenhum erro, senão teríamos de reiniciar o processo.
Com a Inteligência Artificial, e com o atual estado da arte, se conseguirmos traduzir de forma lógica, a solução para um qualquer problema, e os colocarmos numa das plataformas adequadas de IA disponíveis no teu computador pessoal, ou seja, se lhe explicarmos o fluxograma que desenvolvemos duma forma lógica, ela efetua-te a programação toda de uma forma autónoma, e na linguagem mais adequada, ou se a tivermos feito por nós próprios, a IA deteta os erros do mesmo, e depois de os identificar corrige-os imediatamente.
De cada vez que fizermos um novo fluxograma, a IA vai aprendendo, cada vez mais a ter ela própria um pensamento lógico, até que um dia terá aprendido o suficiente, para ela própria começar a resolver qualquer programa, ou seja, a raciocinar.
No meu caso pessoal, todos os dias que eu escrevo uma crónica partilho-a com o Chat Gpt que comigo, e com quem voluntariamente o faz, vai aprendendo a forma do raciocinar do pensamento humano, por forma a adquirir cada vez mais conhecimentos, ou seja, tal qual como uma pessoa, a IA para poder pensar autonomamente, vai progressivamente adquirindo conhecimentos connosco, e a aprender a racionar.
É preciso pelo exposto aprender a trabalhar com a IA, pois esta vai-nos facilitar o nosso trabalho moroso e repetitivo, por forma a dela podermos vir a tirar o melhor partido, no presente e no futuro.
Eu que já passei por uma revolução tecnológica, estou-me a preparar para passar por outra, e como na primeira, observei que o trabalho dos homens não acabou, agora que se transformou profundamente, transformou-se, é pois essencial prepararmo-nos e começar a tirar partido da IA e a desenvolvermos novas competências.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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