Os tempos que se avizinham não vão ser fáceis. A paralisação de uma grande parte da nossa economia tem um impacto social significativo, são já milhares de cidadãos que de um momento para o outro ficaram sem sustento ou viram o seu rendimento reduzido.
Os sinais são já alarmantes, a precariedade laboral e um tecido empresarial assente no turismo e nos serviços deixam muitas famílias num limbo entre a incerteza no futuro e o medo do que pode acontecer.
As certezas do início do ano são hoje dúvidas, as empresas, muitas delas de pequena dimensão não têm capacidade de tesouraria para aguentar tamanho impacto.
Portugal, tal como os restantes países, está hoje perante um enorme desafio, acudir a uma crise de saúde pública e ao mesmo tempo combater uma queda económica sem precedentes. As primeiras medidas vão no rumo certo, assegurar postos de trabalho e dotar as empresas de mecanismos que lhes permitam continuar em funcionamento.
Da União Europeia surgem também sinais de que os erros cometidos durante os anos da Troika não se vão repetir e de que a solidariedade entre países vai de facto acontecer. É importante dotar os países de meios e de capacidade de financiamento da Economia e de desenvolvimento de políticas sociais.
As pessoas têm de ser a prioridade, desde as nossas autarquias locais, passando pela União Europeia têm de centrar as suas políticas para o cidadão comum.
Se durante a última crise o foco foi o sistema financeiro, com o resgate de Bancos esta crise é de resgate das pessoas e da sua vida. Não há Economia sem pessoas e não há consumo sem trabalhadores. Cuidar dos cidadãos é prioritário, é o nosso futuro colectivo que está em jogo.
Pedro Fernandes Tomás
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