Geral Opinião

Vozes de Abril

Sou da primeira geração nascida em liberdade, vim ao mundo a 23 de Abril de 1975, fui educado e ensinado a respeitar e a valorizar a data maior desse Abril de 1974.

Sempre celebrei a data, tenho por todos os que fizeram a Revolução um profundo respeito e gratidão. Tive e tenho a oportunidade e prazer de conhecer e de conviver com homens e mulheres que estiveram na primeira linha das conquistas de Abril e da consolidação da Democracia.

Honrar a Liberdade é um exercício diário, ser livre é de uma enorme responsabilidade, é respeitar o semelhante, é não abdicar dos princípios da Igualdade, é ser interveniente na nossa comunidade, é não abdicar de participar enquanto cidadão com sentido crítico e com opinião. Liberdade é respeitar as outras ideias, mesmo os outros que pensam diferente.

Não somos livres se outro nosso semelhante não o for, Abril é a construção permanente de uma sociedade livre e de igualdade que as gerações do pós 1974 têm a responsabilidade de continuar. Todos sem exceção somos Filhos da Revolução, todos sem exceção fazemos parte de Abril.

É na nossa Democracia que a Revolução tem o seu espírito, é no nosso Serviço Nacional de Saúde, é na proteção aos que mais precisam, é na igualdade entre géneros e no respeito pelas minorias, é pela Educação para todos sem excluir ninguém, é na força da nossa sociedade civil e na Liberdade da nossa comunicação social.

As vozes de Abril estão em todos e todas que não se resignam, que na sua atividade pelos outros e para os outros ajudam a consolidar a igualdade, liberdade e fraternidade.

Abril é o caminho, o meu, o teu e de todos. Que a voz dos inconformados nunca se canse.

Pedro Fernandes Tomás