Muita gente tem um medo danado da hora da verdade…de morrer.
Eu, serei mais um a ceder o aparelho para respirar, a conselho de Ramalho Eanes se for caso disso. Já cá moram muitas décadas e muitas crises. Estou farto de incompetentes.
E ainda há quem faça um pé-de-meia só para que não haja problema na hora certa, e não ficar cá enrolada num lençol. Outros estão-se nas tintas para tal negócio pois quem cá fica que se desenrasque.
O pior é que ninguém cá fica.
Há que viver a vida, explorar o que tem de bom para qualquer um. Rir, e rir com amigos.
Não é fácil. Mas quase tudo o que é bom é gratuito. Até festas de milionários…eles não conseguem fazer nada sozinhos…têm de demonstrar a sua riqueza e têm de nos convidar…precisam de todos. Mesmo os pobrezinhos.
E não há muito tempo, pois recordo bem a conversa que tive com o meu irmão mais novo (só tenho um e longe) também tenho outra irmã (mais perto, mas ainda mais longe)… nessa conversa aquando a crise da construção em 2008 que arrasou tudo, assim a modos de uma perspectiva próxima/futura politica/económica dizia ele numa verdade que poucos imaginam – temos que ter paciência, e aproveitar …porque sempre vivemos no intervalo das crises. Acaba uma e logo começa outra …é uma atitude politica, e só com vantagem exclusivamente para eles.
O meu irmão vive no mundo dele, no mundo do yoga, de paragens para poder pensar o que dá muito bom resultado, num mundo em que ninguém tem tempo…quanto mais para parar e pensar.
E pensar é importante. Já tentou?
Mas de facto recordo com frequência essa frase de vivermos, e até sem o sentir, no intervalo das crises… Mas isto porque os políticos entendem ser o melhor para todos, e muitos outros vão atrás sem perceberem no que vão ou para o que vão…vão indo. Mas que tudo vai é uma verdade.
Nós temos de pensar neste intervalo da crise do CoronaVirus, que vai dar água pela barba, até já outra nova crise. Talvez a recuperação com a chamada “Austeridade” e empobrecer outra vez.
Segundo Albert Einstein “A crise é a maior benção que pode acontecer às pessoas e aos países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia assim como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem os inventos, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise supera a si mesmo sem ter sido superado.
Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que às soluções.
A verdadeira crise, é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a dificuldade para encontrar as saídas e as soluções. Sem crises não há desafios, sem desafios a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crises não há méritos.”
E aqueles que morrem hoje, podem ser alvos desta doença terrível , mas outros morreram na ultima crise por não verem saída para algo que os atirou para o desemprego, a perder a casa , o carro, as acções e tomou a atitude ultima de saltar da janela do 14ª piso.
A Morte por uma crise provocada por um vírus, não é realmente inovadora, senão fosse uma repetição histórica triste.
Um atacante que não se vê é quase um drone a lançar bombas.
Digo eu, não sei…e não sou nenhum malandro,
Helder Martins
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