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A população é um dos factores de poder

Foto: Pixabay

A Europa e mais especificamente a União Europeia, só poderá ser uma potência a nível global, ou mesmo a nível regional, se tiver população, o que significa que necessita de imigração, dado que na generalidade dos estados que a compõem, não tem havido nascimentos em número suficiente que compensem os falecimentos, ou seja, a taxa de natalidade é inferior à de mortalidade, e concomitantemente a média de idades da população também é muito elevada, dado que a média da esperança de vida tem aumentado muito nos últimos anos.

O problema da escassez de natalidade não é exclusiva da Europa, pois noutros continentes, e nos países mais desenvolvidos do hemisfério norte, inclusive na China, este problema é premente, e terá consequências no bem-estar e no progresso das suas sociedades, dado que estes também dependem da mão-de obra para gerar riqueza.

Na Europa e nos EUA este problema em cinquenta anos só poderá ser resolvido com a ajuda da imigração, caso contrário assistir-se-á brevemente à queda do nosso modelo de vida.

Os Estados e as Uniões de Estados, que estão contra a imigração, correm o riso de perder o seu poder absoluto e relativo em duas gerações, senão tiverem políticas reais e concretas de imigração.

A extrema-direita e o medo que gera relativamente à imigração e à insegurança que esta eventualmente pode provocar, são um obstáculo real à sobrevivência da sociedade,  e da própria civilização, ao contrário do que apregoam, pois impedirão o desenvolvimento seu sustentável, comprometendo irremediavelmente o futuro.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

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