O balanço de baixas da Guerra Israel-Hamas atualizados a 07ABR24, de acordo com os dados fornecidos por ambos os lados do conflito, nomeadamente pela imprensa Israelita e pelo Ministério da Saúde do Hamas, sāo os seguintes:
– Militares Israelitas (IDF) mortos – 604.
– Civis israelitas feridos – 15 mil
– Combatentes do HAMAS Mortos – 12 mil
– Mortos civis em Gaza (números fornecidos pelo Hamas) – 33 mil. Estes números incluem os 12 mil combatentes.
-Feridos civis em Gaza (números fornecidos pelo Hamas) – 76 mil.
– Alvos atacados pela IDF – 35 mil, dos quais 32 mil destruídos
– Ataques do Hamas em Israel – 9,100
Dados compilados pelo General Alfredo Cruz
Os números são bastante elevados para seis meses de conflito, e desconheço se neles estão incluídos os mortos por carência de alimentos, embora pressuponha que não.
Analisando de uma forma mais específica os números desta guerra, que parece estar longe de acabar, malgrados os esforços de negociações que estão a decorrer no Egipto e da pressão que os EUA têm efetuado nas últimas semanas, dado que Israel, pela voz do seu Primeiro-ministro, já fez saber que vai entrar em Rafah, podemos inferir que as baixas de civis, retirando os combatentes do Hamas são elevadíssimas, longe de poderem ser consideradas baixas colaterais de uma guerra, facto que, em minha opinião, revela que o objetivo dos ataques nāo é realizado estritamente contra alvos militares, e que o seu número é extremamente elevado, bem como revela que o Hamas tem mantido alguma capacidade de contra-atacar, bem como que o número de mortos Israelitas é muito superior ao de outras guerras que os Israelitas tiveram no passado, algo justificável dado que Israel normalmente tem combatido em guerras de curta duração.
No final do conflito ambas as partes têm de refletir se esta mortandade justificou a guerra que travaram, ou seja se os objetivos alcançados foram remuneradores, algo que eu pessoalmente sou da opinião que não, no entanto ressalvo que mesmo que os Israelitas ganhem a guerra a nível tático em termos estratégicos parece-me que a vão perder, pois se no final a solução for a de no território haver dois estados independentes, Israel será na prática o grande derrotado
À laia de conclusão e, em minha opinião, da panóplia de meios empregues por Israel e da sua forma de atuação, esta guerra por parte de Israel, tinha como objetivo inicial a conquista de Gaza, em termos territoriais e não a destruição do Hamas, pelo que se assim foi, e se a Comunidade Internacional, com os EUA à cabeça, pressionar Israel para aceitar a solução de dois Estados, então toda esta guerra terá como resultado uma derrota pesada para Israel, a não ser que em desespero inicie uma guerra contra o Irão, ato que obrigaria os EUA a rever a sua posição, adiando-a para outras calendas.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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