Vivemos um momento paradoxal, o debate e discussão política estão “sequestrados” por dois intervenientes que se alimentam de discursos demagógicos e sem propostas que sejam de facto nucleares para a vida dos cidadãos.
Na espuma das ondas mediáticas, alimentados pelas redes sociais, Joacine Katar Moreira e André Ventura sentem-se como “peixe na água”, se por um lado temos uma deputada a quem nem o seu partido confia, por outro temos um deputado que, como mestre na comunicação que é, diz o que as pessoas querem ouvir. A estratégia de ambos é velha e reconhecida, ou não aprofundam as questões, ou criam um clima de confrontação e divisão social ou racial que os torna indispensáveis.
Para se combater eficazmente estes discursos e a captura do debate Político por estes dois deputados (não esquecer que foram democraticamente eleitos), é exigido ao sistema político uma adaptação de forma a reforçar a participação dos cidadãos e a responder aos anseios de quem olha para o panorama partidário actual e não se revê em nenhum dos partidos do eixo governativo.
Uma “Política das pessoas e para as pessoas”.
É urgente recolocar o debate político nas propostas e apostas na melhoria da vida dos portugueses. Os chamados “temas fraturantes” têm por vezes o condão de desviar o centro das atenções das grandes questões centrais e que tanto têm influência no dia a dia de milhões de portugueses. Se é certo que temos de responder às minorias, não é menos certo que corremos o risco de colocar à margem a grande maioria dos portugueses.
A Política nacional não pode viver isolada da realidade, os primeiros problemas a resolver são sempre os do dia a dia dos cidadãos, são problemas concretos que necessitam de apostas claras.
Cabe aos moderados, humanistas e progressistas “arregaçar as mangas”, estarem na primeira linha do combate, este é o momento de afirmação da Democracia portuguesa, de evidenciarmos os progressos obtidos nestes 46 anos de liberdade, da Saúde, da Justiça, da Educação, Cultura e das políticas sociais e de infraestruturas, do Portugal europeu e dos direitos Humanos.
Pedro Fernandes Tomás
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