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O paradoxo da atitude britânica em relações à emigração

Foto: Br Visa

Os alemães têm feito grandes manifestações no seu país e em diversas cidades, contra o partido de extrema-direita alemão, AdF, por este ter participado numa reunião internacional com austríacos, em que foi apresentada e desenvolvida a ideia da necessidade de deportar os emigrantes que cheguem à sua fronteira, para um país terceiro, por considerarem esta esta intenção fascista, xenófoba e atentatória dos direitos humanos.

Por sua vez, no Reino Unido, o governo de Richie Sunak fez aprovar no parlamento, uma lei que permite deportar para o Ruanda, todos os emigrantes que entraram e venham a entrar ilegalmente no seu país, não tendo havido por parte da sua população nenhuma manifestação de oposição a esta medida extrema, muito embora esta lei seja atentatória dos direitos humanos, e passível de condenação pelo tribunal europeu dos direitos humanos.

Esta nova lei britânica é paradoxalmente diferente da alemã, passados que são cerca de setenta anos do final da II Guerra Mundial, altura em que os britânicos lutavam contra os alemães, pela democracia e pela defesa dos valores humanistas europeus, pois segundo Churchill, essa era a única razão de ser da guerra, e era só por esse motivo que valia a pena lutar.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

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Nuno Pereira da Silva

Coronel de Infantaria na Reserva

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