O controlo da navegação no Golfo Pérsico é essencial para garantir o fluxo comercial global.
Dado que a Geografia não muda muito, porque ao tempo ainda não existia o Canal do Suez, para se controlar a região no Golfo Pérsico basta olhar para os locais aonde Dom Afonso de Albuquerque, o nosso vice-rei das índias no século XVl, estabeleceu fortes pontos estratégicos, “check points”, e assim dominar o mundo conhecido da altura. Para o efeito desta crónica, interessam-nos somente os seguintes fortes, conforme retirei do “Chat Gpt”.
“1. Forte de Ormuz (atual Irão): Foi conquistado por Albuquerque em 1507 e se tornou uma importante base para o comércio português no Golfo Pérsico.
2. Forte de Hormuz (atual Omã): Foi construído por Albuquerque em 1515 para proteger a rota marítima entre a Índia e o Golfo Pérsico.
3. Forte de Socotorá (atual Iémen): Foi estabelecido por Albuquerque em 1507 para controlar o comércio de especiarias no Mar Vermelho.”
Portugal no âmbito da operações “Enduring Freedom”, contra o terrorismo, aquando da operação no Afeganistão, participou no âmbito da Euromarfor, numa operação de controlo do Golfo de Aden, CTF 150, para controlar todas as rotas comerciais na região do Golfo para assegurar a liberdade das rotas comerciais na região, contra o terrorismo e a pirataria.
Os Tutsis Xiitas, apoiados pelo Irão, que estão em guerra há anos, com os Hutis Sunitas, apoiados pela Arábia Saudita, pelo controlo do Iémen, entraram em guerra contra Israel, em solidariedade com os palestinianos de Gaza, e têm daí lançado alguns mísseis contra as principais cidades israelitas, mas sobretudo, fazendo meças da sua posição geográfica, que Afonso de Albuquerque já controlava, têm efetuado ataques contra todos os navios israelitas e aliados de Israel, facto que está a perturbar todo o comércio mundial e a obrigar alguns navios de guerra a reforçar a segurança, que utilizam a rota do Suez normalmente utilizada para evitar fazer a rota do Cabo, algo que a continuar a acontecer pode perturbar o fluxo de armamento e munições vindos dos EUA para apoiar Israel.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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