A pausa humanitária em Israel foi estendida por mais quarenta e oito horas, sinal que a diplomacia está funcionando em vários palcos multilaterais, uns “ad hoc” e outros mais formais.
Em todos os fora ninguém coloca em causa que Israel tem o direito de se defender dum ataque terrorista, mas em todos eles se trabalha para acabar com esta guerra assimétrica, que está a levar à destruição da Faixa de Gaza e a um massacre insano da população civil palestiniana.
Os EUA está a exercer o seu poder de influência sobre Israel, não sei se vai conseguir impor à paz, e em conjunto com o Egipto e o Qatar, que negociaram esta trégua, traçar um “road map” credível e exequível, com objetivos temporais bem definidos, para tentar conseguir acabar com esta crise, e com este conflito, que infelizmente se eterniza, no sentido de conseguir que hajam dois estados independentes em Israel.
Nesse “road map” o HAMAZ não deverá ser um ator a considerar no futuro, a não ser que se modere e que reconheça a existência do estado de Israel, algo que normalmente acontece na maioria dos casos, dissolvendo a sua estrutura militar e reforçando a sua estrutura política.
A UE atualmente está a ter, embora com algum atraso, uma posição que poderá ser relevante, com Borrell a desdobrar-se também em contatos no sentido de participar numa solução política.
Ninguém quer a guerra em Israel pois se essa guerra escalar poderá ser o início duma guerra regional e quiçá mundial.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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