Geral Opinião

O ataque ao maior Hospital de Gaza é um ato terrorista

Foto: RFI

Tenho estado permanentemente ligado aos Órgãos de Comunicação Social de todo o mundo, para saber qual o resultado do infame e terrorista ataque de Israel ao maior hospital de Gaza, e até ao momento a operação redundou num falhanço total, pois nele não foi encontrado o Comando Operacional do Hamas, que os israelitas tanto procuram para poderem dizer ao mundo, que terminaram com o movimento por eles considerado de terrorista.

Deste vil ataque concluí que os Serviços de Informações Israelitas, da Mossad falharam, e que ao que parece desta vez o Governo Israelita será condenado pela barbaridade que cometeu, e que no final os responsáveis políticos e militares terão de ser levados a Tribunal por crimes de guerra, e que os israelitas com este ataque inconsequente, cegos por vingança mancharam indelevelmente a reputação das suas Forças Armadas, ao terem caído em mais uma armadilha montada pelo Hamas para os descredibilizar.

Quando Portugal tinha estratégia, o General Loureiro dos Santos foi o mentor dum Curso em Lamego designado por Curso de Operações Irregulares, de frequência obrigatória por todos os oficiais do Quadro Permanente do Exército, onde lhes eram ministradas todas as instruções, teóricas e práticas, de como organizar uma guerrilha em rede, para que cada oficial, em caso de invasão do território nacional, passasse imediatamente à guerrilha e organizasse com a população civil que tivesse algum treino militar, ou que soubesse manusear armas como as de caça, uma célula de resistência ao invasor, célula essa que se ligaria em rede com outras células, duma forma descentralizada, sem cadeias hierárquicas rígidas, embora pudesse haver aos poucos alguma coordenação, que com os meios atuais até pode ser efetuada fora do Teatro Operacional.

Pelo que afirmei, uma organização como a do Hamas, descentralizada e em rede, sem nenhuma estrutura hierárquica piramidal, em que a coordenação pode ser efetuada fora do Teatro operacional, será muito difícil senão impossível decapitar uma eventual estrutura de comando do movimento de libertação extremista Hamas, e que como consequência desta guerra, esta vai crescer muito mais em termos de recrutamento de resistentes cada vez mais radicais quer em Gaza, quer no West Bank, que Israel embora tenha um potencial de guerra convencional muito superior ao do Hamas, não está preparado para combater a guerrilha, e que vai sair enfraquecido desta batalha, embora destruindo tudo com infames ataques contra cidadãos civis Palestinianos, que têm direito a ter um estado, que parece ir finalmente conseguir.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

Tags