A inteligência artificial já tem e terá cada vez mais importância em todas, ou quase todas as capacidades militares, entendidas como a existência de meios militares de quinta geração, e de pessoal formado e treinado para deles tirarem o melhor partido.
A inteligência artificial com os seus algoritmos específicos para cada capacidade militar que vão desde as necessárias para se comandar eficientemente as tropas e sustentá-las, até a todos os sistemas de armas.
Em termos de comando das tropas, área que vou abordar exclusivamente nesta crónica, os algoritmos de IA introduzidos nos sistemas de C4I2, são desenvolvidos, como em todos os seres inteligentes, por forma a relacionar coisas simples, e com eles vão aprendendo a elaborar raciocínios cada vez mais complexos de uma forma cada vez mais célere e integrada, ou seja, quanto mais vezes forem executando todas os passos sistematizados do processo da tomada de decisão, mais a IA terá capacidade de pensar autonomamente, e de uma forma cada vez mais célere, substituindo o próprio homem nessa tarefa, permitindo aos comandantes em todos os escalões decidirem cada vez com menos imprevisibilidade.
O facto de tudo passar a estar integrado, desde os sistemas de armas aos centros de decisão, já permite dar ao comandante uma visão holística e em tempo real do campo de batalha, ou seja, lá permite, e cada vez permitirá de uma melhor forma mais acertada e fiável tomar decisões, pois a IA quanto mais vezes for utilizada, mais vai aprendendo.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
Adicionar comentário