Haver quotas de jovens na política, reservadas para jovens de menos de trinta e cinco anos, foi uma das propostas de Álvaro Beleza da SEDES, para rejuvenescer a classe política portuguesa, à priori parece uma boa ideia, ideia inovadora, pensada tendo como modelo as quotas obrigatórias já existentes para o género feminino.
À partida não sou contra, embora tenha por princípio que o mérito é que deveria determinar as escolhas das pessoas certas para os lugares certos, embora saiba que essa escolha por mérito em Portugal raramente se faz, porque as escolhas são normalmente efetuadas nos “inner circles” da vassalagem a quem manda, ou seja, dentro do restrito mundo da sabujice e dos gabinetes, que a todos os níveis, são sempre os bafejados pela classificação de excelentes.
O exemplo paradigmático do que afirmo é o caso da jovem ministra da habitação que chegou, a ministra vinda dos gabinetes, sem experiência nenhuma e que por falta de experiência e calo, já fez tremer o governo por não ser empática, nem saber comunicar, tendo conseguido na prática o oposto do que pretendia. Que era ter mais habitação disponível no mercado.
Penso que a breve trecho há-de haver algum iluminado que há-de pedir que haja quotas para LGBT, enfim, modernices…
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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